O Kremlin ainda não confirmou quem enviará para as negociações em Istambul com a Ucrânia
Autoridades russas participarão de negociações diretas com a Ucrânia na Turquia esta semana, mas Moscou ainda não pode divulgar quem enviará para representá-la nas negociações, disse o Kremlin na terça-feira, apenas dois dias antes da reunião agendada.
"A Rússia continua se preparando para as negociações de quinta-feira. É tudo o que podemos dizer por enquanto", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres durante um briefing diário.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu ao presidente russo Vladimir Putin que se encontrasse pessoalmente com ele em Istambul durante as negociações, mas o Kremlin até agora se recusou a dizer se o líder russo está pronto para um encontro pessoal com Zelensky.
Putin propôs as negociações como uma contraproposta a um apelo apoiado pelo Ocidente por um cessar-fogo de 30 dias. Embora o presidente não tenha abordado diretamente a proposta de cessar-fogo, ele disse que não poderia “excluir” que as negociações de Istambul pudessem resultar em tal acordo.
Peskov disse na terça-feira que a delegação russa seria anunciada “assim que o presidente considerar necessário”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que está visitando o Oriente Médio esta semana, disse aos repórteres na segunda-feira que se juntaria às negociações de Istambul "se achasse que seria útil".
Putin e Zelensky não se encontram desde dezembro de 2019, mais de dois anos antes de a Rússia lançar sua invasão em larga escala na Ucrânia.
Os dois lados tiveram conversas diretas pela última vez em Istambul em março de 2022, que produziram um rascunho de proposta de paz que exigiria que Kiev adotasse uma posição de neutralidade e renunciasse à filiação à OTAN. Esse acordo acabou fracassando.
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