Câmara de Lisboa garante que aumentou investimento na Carris

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) garante que tem aumentado “significativamente” o apoio à Carris. Em comunicado, e numa altura em que Carlos Moedas tem estado sob forte pressão, a autarquia assegura que, entre os anos de 2022 e 2025, “os pagamentos aumentaram cerca de 29%” face ao período homólogo.
“No mesmo período, além do apoio da CML, a Carris desenvolveu esforços para aumentar o financiamento europeu ao seu investimento, tendo em 2024 alcançado um apoio de 27,1 milhões de euros (no período entre 2022-2025, o apoio europeu mais que duplicou face ao período homólogo)”, esclarece ainda o gabinete de Carlos Moedas.
Ainda segundo a autarquia, “fruto do aumento das transferências municipais, do financiamento europeu e também de transferências do Orçamento do Estado e outras receitas, o orçamento da Carris aumentou, significativa e consistentemente, desde que a empresa foi municipalizada — o orçamento em 2025 aumentou cerca de 30% face a 2021 e quase duplicou face ao orçamento do ano de 2017, ano em que a empresa foi municipalizada”.
“O aumento do orçamento é acompanhado de um aumento significativo no investimento, [cerca de] 60 milhões de euros de 2025 são previsionais”, esclarece-se ainda.
Carlos Moedas tem sido acusado pela oposição de ter retirado 4 milhões de euros ao orçamento da Carris para financiar a Web Summit. Em causa, está a a 24.ª alteração ao Orçamento de 2024 e às Grandes Opções do Plano 2024-2028, proposta por Carlos Moedas e viabilizada com a abstenção do PS. Nesse exercício, houve de facto a retirada de 4 milhões ao orçamento da Carris, mas a explicação dada pela autarquia é diferente.
A Câmara Municipal de Lisboa garante que “não houve qualquer redução” e que “o valor previsto no orçamento da CML para a compra de autocarros da frota da Carris foi substituído por financiamento europeu do POSEUR”.
Sendo que, na alteração orçamental aprovada, está “em causa um acerto de compensação pelo valor recebido” e que “o valor diz respeito a investimento em frota e nada tem a ver com operação da Carris”, esclareceu ainda a Câmara.
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