Avaliação bancária continua a subir e bate novos recordes em julho

O valor mediano de avaliação bancária voltou a bater novos recordes em julho ao atingir os 1.955 euros por metro quadrado Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e apontam para uma subida de 19,7% em relação a igual período do ano passado e um aumento de 34 euros (ou 1,8%) quando comparado com o mês anterior.
O gabinete de estatística revela ainda que «o número de avaliações bancárias considerado foi de cerca de 33,8 mil, representando uma subida de 3,8% face ao mês anterior e um aumento de 3,7% em termos homólogos» e que são os apartamentos que continuam a puxar pela valorização do mercado imobiliário nacional. Os apartamentos apresentaram, em julho, um valor mediano das avaliações a fixar-se nos 2.254 euros por metro quadrado, o que representa uma subida anual de 24%. Aliás, esta tipologia regista continuamente os valores mais elevados do mercado, refletindo desta forma a pressão da procura nos centros urbanos.
A Grande Lisboa mantém-se como a região mais cara do país, com o valor mediano das avaliações bancárias a situar-se nos 2.990 euros por metro quadrado (um crescimento homólogo de 24,1%), seguida pelo Algarve com 2.642 euros por metro quadrado (mais 21% face a julho do ano passado). Já o Alentejo apresenta os valores mais baixos, com 1.419 euros por metro quadrado, enquanto a Península de Setúbal «apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (25,6%), não se tendo verificado qualquer descida».
De acordo com os mesmos dados, o valor mediano dos apartamentos T1 subiu 71 euros, para 2.866 euros por metro quadrado, tendo os T2 e T3 aumentado 50 euros e 18 euros, respetivamente, para 2.317 euros e 1. 942 euros por metro quadrado. No seu conjunto, estas tipologias representaram 92,8% das avaliações de apartamentos realizadas nesse período.
Quanto às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.414 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 10,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Mais uma vez, os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2707 euros por metro quadrado) e no Algarve (2.505 euros por metro quadrado), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.053 euros por metro quadrado e 1.149 euros por metro quadrado, respetivamente). Por seu lado, a Região Autónoma dos Açores o apresentou o maior crescimento homólogo (17,8%), não se tendo registado qualquer descida.
Feitas as contas, o valor mediano das moradias T2 aumentou 41 euros, para 1.392 euros por metro quadrado, os T3 subiu 14 euros (1.390 por metro quadrado) e os T4 23 euros, para 1.484 euros por metro quadrado. O gabinete de estatística explica ainda que, no seu conjunto, estas tipologias representaram 88,6% das avaliações de moradias realizadas em julho.
Os dados do INE chamam a ainda a atenção para o facto de as diferenças regionais continuarem a aprofundar-se, com a Grande Lisboa a apresentar valores superiores 52% acima da mediana nacional, seguida pelo Algarve (mais 34,5%) e Península de Setúbal (mais 18,8%). No polo oposto, as Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Terras de Trás-os-Montes registam valores inferiores à mediana nacional em cerca de 50%.
Ofertas de preços altos
É certo que o aumento das avaliações bancárias acaba por ser refletir nos preços que os imóveis atingem no mercado. E os números avançados pelo Imovirtual são reveladores. O preço médio de venda de imóveis em Portugal subiu para os 426 mil, refletindo um crescimento mensal de mais 1% e uma valorização anual de 15% face a agosto de 2024, altura em que se fixava nos 369 mil euros.
No entanto, Lisboa ultrapassa esta fasquia e voltou a subir os valores, atingindo os 650 mil euros (+1%), mantendo-se como o distrito mais caro do país. Já o Porto subiu para os 425 mil euros (+2%), mantendo-se como o distrito mais caro da região Norte. Faro também acompanha este ciclo de subidas ao valorizar mais de 1% para os 550 mil.
O estudo do Imovirtual deixou também uma nota para os valores que são cobrados no mercado de arrendamento. O valor médio das rendas em Portugal subiu para os 1.300 euros, refletindo uma valorização mensal de +2% face a julho (1.280 euros) e uma subida homóloga de +4% face a agosto de 2024 (1.250 euros). «Apesar desta evolução positiva a nível nacional, o comportamento dos preços varia de forma significativa entre regiões», acrescenta o mesmo documento.
Jornal Sol