Afinal, Musk não se ofendeu com a África do Sul? A Starlink planeja investir US$ 113 milhões

A empresa de internet via satélite do bilionário Elon Musk, Starlink, está considerando investir 2 bilhões de rands, ou US$ 112,7 milhões, em serviços de internet no país sul-africano, apesar das recentes acusações de que as autoridades sul-africanas fecharam o mercado por motivos racistas.

Atualmente, a Starlink fornece internet para 17 países africanos, incluindo a vizinha África do Sul, Namíbia, Botsuana e Moçambique. No entanto, a empresa não tem presença na África do Sul, devido à lei de Empoderamento Econômico Negro (BEE) do país, que exige que cidadãos negros participem de qualquer empresa que opere no país. Musk se recusou a abrir mão de quaisquer ações de sua empresa para cumprir a lei de empoderamento negro, uma lei que ele chamou de "abertamente racista", e reclamou que sua empresa está enfrentando dificuldades porque ele não é negro.

De acordo com o jornal sul-africano Business Day, Musk gostaria de concluir um acordo com o governo sul-africano antes da cúpula do G20, que está programada para ser realizada em Johanesburgo em novembro.

Em maio, a mídia sul-africana noticiou que o governo de Joanesburgo estava considerando oferecer a Musk uma isenção especial das leis de propriedade de negros da África do Sul para permitir que a Starlink operasse legalmente. O presidente do país, Cyril Ramaphosa, estava ansioso para amenizar as relações tensas com os Estados Unidos, cuja visão do país africano foi amplamente moldada por Musk, que até recentemente era um aliado próximo do presidente Donald Trump.

Ambos os lados precisam um do outro. Musk, nascido em Pretória, quer expandir sua empresa na maior economia da África, e essa economia precisa urgentemente de internet rápida e barata. De acordo com um estudo de 2023 da agência estatal de estatísticas, SSA, apenas 1,7% das famílias rurais na África do Sul têm acesso à internet. (PAP)

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