Luis Caputo revelou o que acontecerá com o dólar após as eleições legislativas.

O ministro da Economia, Luis Caputo, garantiu nesta terça-feira que o sistema de bandas cambiais do dólar permanecerá inalterado após as eleições legislativas , "independentemente do resultado", e anunciou que o governo iniciará uma nova fase de reformas estruturais com o objetivo de consolidar a estabilidade macroeconômica e atrair investimentos. Durante sua apresentação em um ciclo de eventos econômicos organizados pela Bolsa de Valores de Córdoba, o governante enfatizou a necessidade de "maior governabilidade" e pediu apoio político nas urnas para sustentar a trajetória econômica.

"O sistema continuará exatamente o mesmo. Manteremos o sistema de bandas independentemente do resultado, porque hoje temos um Banco Central muito bem capitalizado, fundamentos sólidos e uma taxa de câmbio em um nível absolutamente razoável", afirmou Caputo diante de líderes empresariais e do setor financeiro.

O ministro defendeu a atual política cambial e respondeu às críticas sobre uma possível defasagem do dólar: "Onde já vimos um país com exportações recordes e câmbio defasado?", questionou. Luis Caputo anunciou que, após as eleições, começará "a segunda etapa do plano econômico", focada em reformas que ele definiu como "de segunda geração". Ele explicou que o objetivo é simplificar a regulamentação, reduzir os entraves burocráticos e promover um clima favorável ao investimento privado. "São reformas excelentes que vão desfazer todo o emaranhado de regulamentações e entraves que o Estado impõe às empresas, que é o que impede o país de decolar. Estamos mais focados do que nunca nessa segunda etapa", enfatizou.

O Ministro das Finanças insistiu que avançar com essas transformações exigirá um quadro político estável. "Para isso, vamos precisar de maior governabilidade e, para isso, o voto é muito importante", disse ele, em uma mensagem que foi interpretada como um apelo explícito ao fortalecimento do apoio ao partido no poder. Caputo também enfatizou que a continuidade do plano econômico depende da aprovação social da direção escolhida pelo Presidente Javier Milei.

"O mundo está de olho nessas eleições, o mundo está de olho na Argentina porque quer ver nosso povo renovar esse rumo", acrescentou. Disse que há "muitos investimentos anunciados" e outros "suspensos" até que a continuidade do programa libertário seja confirmada. "Há muitos outros aguardando essa renovação", insistiu.

Com tom otimista, Caputo defendeu as conquistas de seu governo em termos de reservas e disciplina fiscal, destacando a "recuperação da credibilidade macroeconômica" e a "força do Banco Central". Em seu discurso, ele buscou transmitir confiança ao setor empresarial e reiterou que a estabilidade cambial é um dos pilares para a sustentação do processo desinflacionário.