Mais cobranças para hidrelétricas, pagamento da opção tarifária e mudanças na Creg: é o que a reforma elétrica do governo Petro traz.

O Ministério de Minas e Energia apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe uma série de reformas para o setor elétrico, com foco específico na Creg (Comissão Regional de Energia), nas hidrelétricas, nas opções tarifárias e nos subsídios.
O projeto de lei estabelece que os usuários dos estratos 5 e 6, os usuários não residenciais e os usuários não regulados devem assumir a dívida da opção tarifária dos usuários dos estratos 1, 2 e 3 em todo o país.
Além disso, propõe-se uma redefinição dos critérios para concessão de subsídios à energia elétrica. Esses subsídios poderão ser reduzidos condicionalmente caso o consumo ultrapasse o limite mensal de consumo de energia definido pelo Ministério de Minas e Energia.

O Ministério de Minas e Energia apresentou um projeto de lei para reformar o setor elétrico. Foto: Ministério de Minas e Energia
Outra mudança diz respeito às usinas hidrelétricas, já que o projeto prevê um repasse adicional de energia elétrica de até 2% do seu faturamento bruto.
"Com base em critérios técnicos e respeitando os princípios da legalidade, equidade e sustentabilidade financeira", o Ministério de Minas e Energia escolherá quais usinas hidrelétricas receberão esse repasse adicional. Atualmente, elas pagam uma tarifa de 6%.
Esses recursos serão destinados aos municípios e distritos da área de influência da usina, incluindo os territórios localizados a jusante do reservatório, para reduzir os custos de prestação dos serviços públicos de energia elétrica e financiar projetos de desenvolvimento social.

O Ministério de Minas e Energia apresentou um projeto de lei para reformar o setor elétrico. Foto: Ministério de Minas e Energia
Somam-se a isso as mudanças na composição da Comissão Reguladora de Energia e Gás (Creg). A proposta é aumentar o número de membros de 9 para 11.
O número de especialistas em energia seria reduzido para cinco e, pela primeira vez, incluiria representantes de usuários, sindicatos e acadêmicos. O Ministro de Minas e Energia, o Ministro da Fazenda e o diretor do Departamento Nacional de Planejamento permanecem nos cargos.
Além disso, os requisitos para especialistas em energia preencherem esses cargos foram reduzidos. A experiência mínima será de cinco anos, e serão exigidos diploma de bacharel e pós-graduação, independentemente da área de estudo.
"Este projeto é um passo histórico rumo à democratização da energia na Colômbia. Queremos que as decisões do setor reflitam as vozes dos usuários, trabalhadores e territórios", disse o Ministro de Minas e Energia, Edwin Palma.

O Ministério de Minas e Energia apresentou um projeto de lei para reformar o setor elétrico. Foto: Ministério de Minas e Energia
Outra proposta incluída neste projeto de lei está relacionada à possibilidade de modificar as fórmulas e metodologias de formação de preços do gás combustível e da energia elétrica antes do término de seu quinquênio.
Isso pode ser feito quando forem registrados erros no cálculo; forem causados danos aos interesses dos usuários, à empresa ou aos propósitos sociais do Estado; ou a capacidade financeira da empresa de continuar prestando o serviço estiver seriamente comprometida.
Também é proibida a cobrança de taxas, impostos ou qualquer outra contribuição que não seja o valor deste serviço nas contas de energia elétrica . Os municípios terão o prazo máximo de um ano para fazer as devidas alterações.
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