Mercados caem após Trump direcionar ameaças tarifárias à Apple e à UE

As ações caíram na sexta-feira depois que o presidente Trump ameaçou impor uma nova rodada de tarifas, desta vez direcionadas à Apple e à União Europeia.

O S&P 500 caiu 65 pontos, ou 1,1%, no início do pregão, enquanto o Dow Jones Industrial Average recuou 371 pontos, ou 0,9%. O Nasdaq Composite, com forte presença de empresas de tecnologia, perdeu 263 pontos, ou 1,4%.

O início instável em Wall Street ocorreu após uma série de publicações do presidente no Truth Social na manhã de sexta-feira sobre sua política tarifária. Trump disse inicialmente que imporia uma tarifa de 25% à Apple se a empresa não transferisse parte de sua produção de iPhones para os EUA.

Daniel Ives, analista de tecnologia da Wedbush Securities, descreveu a mudança como uma "situação frustrante para os investidores" em uma nota de pesquisa na manhã de sexta-feira. As ações da Apple caíram 1,9% no início do pregão.

O presidente também postou que imporia uma "tarifa fixa de 50%" à União Europeia, chamando o grupo de países de "muito difícil de lidar".

"Nossas discussões com eles não estão levando a lugar nenhum!" ele afirmou.

Os mercados europeus reagiram rapidamente à reformulação promovida por Trump na manhã de sexta-feira. O DAX da Alemanha caiu 1,9%, enquanto o CAC 40 de Paris recuou 2,4%. O FTSE 100 de Londres também perdeu 1,1%.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos diminuíram após subirem nesta semana, à medida que os investidores estão cada vez mais preocupados com o peso da dívida do país, disse o UBS em uma nota de pesquisa.

A Moody's Ratings rebaixou a classificação de crédito dos EUA em 16 de março. O rebaixamento da classificação máxima de Aaa para Aa1 "reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, na dívida pública e nas taxas de pagamento de juros para níveis significativamente mais altos do que os de dívidas soberanas com classificação semelhante", disse a agência de classificação de crédito em um comunicado no mesmo dia.

Enquanto isso, um projeto de lei de gastos republicanos na Câmara, atualmente em tramitação no Congresso, deve adicionar trilhões à dívida do país.

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A Associated Press contribuiu para esta reportagem.