A inclusão não é mais apenas uma caixa de seleção — é o que os investidores procuram

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Aqui está o que aprendi em mais de uma década aconselhando, navegando e construindo negócios em alguns dos mercados mais complexos do mundo: o verdadeiro risco raramente é o que é visível; é o que está faltando . Não os números na planilha, mas o nome que não estava na lista de convidados. Não a estratégia na mesa, mas a pergunta que ninguém pensou em fazer.
Inclusão se tornou uma manchete popular, uma palavra que mencionamos em apresentações e painéis. Mas, na prática, continua subimplementada onde mais importa: em quem recebe financiamento, quem participa, quem realiza a due diligence e quem é ouvido nas sessões de estratégia.
O custo dessa supervisão não é teórico. É mensurável: perda de conhecimento do mercado, entrada fracassada no mercado, desempenho insatisfatório em bases de consumidores diversificadas e negócios construídos em contextos incompletos. Em outras palavras, uma base estruturalmente falha para o crescimento.
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A exclusão é caraTodo líder, investidor e tomador de decisões em conselhos de administração tem pontos cegos. Eu tenho. Isso é humano. Falamos sobre o que torna um fundador forte: ambição, visão e execução. Raramente perguntamos qual é a sua posição. Será que estão resolvendo um problema que já vivenciaram? Se estão próximos o suficiente das pessoas a quem servem para enxergar o panorama geral?
Inclusão não tem a ver com caridade ou justiça. Tem a ver com precisão. Ao excluir expertise regional, fundadores locais ou lideranças diversificadas, você perde os próprios sinais que determinam o sucesso de um negócio. Já vi empreendimentos bem capitalizados fracassarem em mercados emergentes porque as únicas pessoas presentes eram consultores externos sem qualquer conexão real com o local. Eles tinham o capital, mas não o contexto.
O risco que não quantificamosMedimos o risco de queda com base nas condições de mercado, obstáculos regulatórios e custos de aquisição de clientes. Raramente perguntamos quem estava faltando quando tomamos essa decisão. De quem seria a visão que mudaria esse negócio?
Como advogada, consultora e empreendedora internacional, liderei processos de due diligence em tudo, desde grandes licitações de infraestrutura até captação de recursos para startups. Em todos os casos, a questão de quem é consultado é tão importante quanto o que é auditado. A inclusão se torna uma forma de gestão de riscos, não uma iniciativa de RH.
Afirmamos apoiar ideias disruptivas, mas a verdadeira disrupção é frequentemente ignorada, com soluções vindas de fora das redes tradicionais. Mulheres fundadoras em mercados carentes construindo negócios escaláveis. Empreendedoras locais com tração enraizada na comunidade. Pessoas resolvendo problemas que vivenciaram. Operadoras silenciosas remodelando indústrias na prática.
Recompensamos a polidez. Financiamos a confiança. Mas perdemos algo maior: a proximidade. A característica mais subestimada na negociação hoje em dia é a proximidade — proximidade com o problema, o mercado e as pessoas atendidas. Priorizamos a fluência do pitch e subestimamos a fluência contextual. Recompensamos aqueles que falam a língua dos investidores, mas ignoramos aqueles que falam a língua das comunidades que atendem.
O ponto cego? Muitos investidores ainda tratam a inclusão como uma questão social , em vez de uma vantagem estratégica. Em mercados opacos ou voláteis, onde os dados são incompletos e os relacionamentos são importantes, a proximidade de um fundador não é uma desvantagem; é uma alavancagem. Quando os investidores não conseguem enxergar isso, eles não excluem apenas pessoas. Eles excluem o potencial de crescimento.
Os investidores mais fortes estão evoluindo. Eles sabem ler além dos números. Não avaliam apenas a execução, mas também a profundidade. Inclusão significa dados melhores, insights melhores e decisões melhores. Não é uma jogada de relações públicas, é uma vantagem competitiva.
Se a inclusão parece algo positivo, é porque ainda a vemos de cima para baixo. E se, em vez disso, a tratássemos como uma necessidade estratégica ? Imagine uma due diligence que considere a representação, não como um gesto, mas como um mecanismo de governança. Imagine uma matriz de risco que quantifique o pensamento de grupo.
Isso não é teórico. Os fundos estão começando a integrar a inclusão em seus modelos operacionais, não apenas em quem investem, mas também em quem os assessora, quem analisa seus pipelines e como treinam os parceiros para avaliar o valor por meio de lentes mais amplas.
Da óptica aos resultadosJá passamos do ponto em que inclusão é questão de manchetes. Em negócios de alto risco, o que importa são os resultados. Empresas que se destacam não são apenas diversas em identidade, mas também em insights. Elas se baseiam em uma gama mais rica de perspectivas e têm menos probabilidade de perder dados críticos porque projetam sistemas que enxergam além da uniformidade.
Os líderes mais bem-sucedidos com quem trabalhei — aqueles que realmente movimentam os mercados — compartilham uma característica: curiosidade. Eles não presumem que já sabem tudo; eles constroem salas cheias de pessoas que podem desafiar seus pontos cegos. Se você está tomando decisões de alto risco, seja como investidor, formulador de políticas ou fundador, e a sala se parece com você, você já está exposto.
O futuro dos negócios sérios não é apenas inclusivo. É integrado. Ele entende que quem está na sala muda o que é construído. Então, aqui está a pergunta que eu deixaria para vocês:
O que você não está vendo? E quem você precisa convidar para te ajudar a enxergar?
Aqui está o que aprendi em mais de uma década aconselhando, navegando e construindo negócios em alguns dos mercados mais complexos do mundo: o verdadeiro risco raramente é o que é visível; é o que está faltando . Não os números na planilha, mas o nome que não estava na lista de convidados. Não a estratégia na mesa, mas a pergunta que ninguém pensou em fazer.
Inclusão se tornou uma manchete popular, uma palavra que mencionamos em apresentações e painéis. Mas, na prática, continua subimplementada onde mais importa: em quem recebe financiamento, quem participa, quem realiza a due diligence e quem é ouvido nas sessões de estratégia.
O custo dessa supervisão não é teórico. É mensurável: perda de conhecimento do mercado, entrada fracassada no mercado, desempenho insatisfatório em bases de consumidores diversificadas e negócios construídos em contextos incompletos. Em outras palavras, uma base estruturalmente falha para o crescimento.
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