Trump: 'Tarifas vão subir para países que se aproveitam dos EUA'

O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a afirmar que as tarifas vão subir para países que se aproveitam dos Estados Unidos, durante coletiva de imprensa na Casa Branca nesta sexta-feira, 27. Ele citou como parceiros comerciais complicados o Canadá e a União Europeia.
Ao ser perguntado por repórteres sobre o rompimento das negociações comerciais com o país vizinho ao Norte, Trump disse que os EUA têm uma influência significativa sobre o Canadá, mas que ele preferiria não utilizá-la.
"Canadá é muito difícil de negociar. Todas as cartas estão na mesa", afirmou, acrescentando que Ottawa removerá os impostos sobre serviços digitais.
O republicano comentou que tem um bom relacionamento com a União Europeia, mas que negociar com o bloco é "desafiador", alegando que a UE foi criada para tirar vantagem dos EUA.
"Europa entrou na mesa de negociação assim que mencionei as tarifas de 50%. Eles aprenderão a serem mais educados muito em breve", alertou o presidente.
Trump reafirmou que há "muito dinheiro entrando graças às tarifas", assim como realocamento de empresas e investimentos nos EUA. O republicano defendeu que isso seja considerado na aprovação do seu "grande e lindo" projeto tributário.
Rebatendo críticas ao projeto, Trump disse que pretende deixar os programas Medicare e Medicaid "mais fortes, ao contrário dos democratas, que querem destruí-los".
Na geopolítica global, Trump declarou que irá resolver conflito com Coreia do Norte e que tem uma boa relação com o líder do país, Kim Jong Un.
O republicano também disse esperar que a Espanha comece a integrar o compromisso da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre aumentar gastos com defesa nos próximos anos.
A respeito da declaração desta sexta-feira do presidente russo, Vladimir Putin, de que, graças a Trump, EUA e Rússia estão "começando a se entender", o republicano disse que as palavras de seu homólogo foram muito "agradáveis".
Ainda sobre economia, o presidente americano afirmou que não olha para o bitcoin como investidor, mas que focou em "criar e fortalecer a indústria de criptomoedas" nos EUA. Trump disse que, entre os benefícios do bitcoin, está o alívio da pressão sobre o dólar.
Trump também ressaltou seu papel como mediador global da "paz", mencionando o conflito no Oriente Médio, as tensões entre a Índia e o Paquistão e outras guerras em andamento na África. Ele destacou o fim do conflito entre a República Democrática do Congo e Ruanda, afirmando que assinará um tratado com ambos os países nesta sexta-feira, às 16h.
Sobre a Índia e o Paquistão, o presidente disse ter ameaçado isolar comercialmente ambos os países. "Poderia ter sido um conflito nuclear, mas disse para eles que cancelaríamos todos os acordos comerciais e não fariam negócios nos EUA, se entrassem em conflito. Ambos os países têm bons líderes que concordaram conosco", afirmou.
Em relação a tensões domésticas com a intensificação de protestos contra a imigração, Trump comentou apenas sobre a gestão do governador da Califórnia, Gavin Newson. "Eles não têm um governador lá. Não sei o que teria acontecido se não tivéssemos entrado com a guarda nacional", disse, acrescentando que tinha o direito até de ter utilizado "força militar maior" para controlar a situação.
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