Fim das redes 2G: o risco de elevadores fora de serviço

Desde quarta-feira, 20 de agosto, o elevador do prédio localizado na Rue des Marronniers, 5, no 16º arrondissement de Paris, está conectado à rede 4G. Seu sistema de alarme remoto, que permite o contato com os serviços de emergência, operava anteriormente em redes 2G. Este é um salto tecnológico vital: permitirá que o alarme remoto ainda funcione corretamente no final de 2026, quando todos os operadores terão desligado suas antigas redes 2G. Isso permitirá que os moradores continuem usando seus elevadores: qualquer instalação sem um sistema de chamada de emergência normalmente deve ser desligada, com graves consequências para a vida dos moradores.
Para Orange, SFR, Bouygues Telecom e Free, é hora de acabar com o 2G, que surgiu no início da década de 1990. Mas seu fim planejado preocupa muitos administradores de imóveis, que temem não ter tempo suficiente para fazer a transição. A Orange, cuja rede 2G também é usada pela Free, começará a desativá-la em março de 2026.
O trabalho de atualização parece colossal. Em um comunicado à imprensa publicado em outubro de 2024, a Elevator Federation contabilizou 232.000 sistemas de telealarme conectados à rede 2G, um terço da frota nacional. Seu presidente, Alain Meslier, lamenta que esse número "não tenha mudado muito" desde então. Além dos elevadores, um estudo da PwC, publicado em junho de 2024, estimou que, em 1º de janeiro do mesmo ano, ainda havia quatro milhões de dispositivos conectados à rede 2G, incluindo sistemas de alarme contra roubo ou sistemas de assistência remota para pessoas dependentes e isoladas.
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Le Monde