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OPEP+ decide aumentar sua produção de petróleo

OPEP+ decide aumentar sua produção de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) decidiram abrir ainda mais as comportas de sua produção, mesmo que isso signifique empurrar o preço do petróleo para abaixo de US$ 60 o barril.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) decidiram abrir ainda mais as comportas de sua produção, mesmo que isso signifique empurrar o preço do petróleo para abaixo de US$ 60 o barril.

AFP

Reforçando sua estratégia de recuperação de participação de mercado lançada em abril, Riad, Moscou e outros seis produtores de petróleo da OPEP+ decidiram aumentar ainda mais suas cotas durante uma reunião online no domingo, surpreendendo o mercado.

Os oito ministros da energia querem aumentar a produção em 137.000 barris por dia até outubro de 2025, em comparação ao nível de produção exigido em setembro, explicou um comunicado.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), que há muito lutam contra a erosão de preços planejando reduzir a oferta por meio de vários cortes de produção, fizeram uma mudança desde abril passado, aumentando rapidamente suas cotas.

Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Omã e Argélia, que já aumentaram sua produção em 2,2 milhões de barris por dia nos últimos meses, estão agora entrando em um novo ciclo que pode ver até 1,65 milhão de barris por dia retornarem ao mercado.

"Os 1,65 milhão de barris por dia poderão ser repostos parcial ou totalmente, e de forma progressiva, dependendo da evolução das condições de mercado", diz o comunicado do grupo, que não dá um prazo específico.

A OPEP+ enfrenta concorrência, principalmente dos Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, prometeu "perfurar como um louco", mas também de outros países que estão aumentando sua produção, como Canadá, Guiana e Brasil.

Com a demanda por ouro negro tradicionalmente caindo no quarto trimestre, os analistas foram quase unânimes há uma semana em dizer que a OPEP+ estava caminhando para um status quo em outubro para evitar um colapso de preços em um mercado de petróleo inundado.

"Na realidade, o aumento da produção será muito menor, dados os limites de produção e o mecanismo de compensação da OPEP+", disse Jorge Leon, analista da Rystad Energy, à AFP.

Alguns países que excederam suas cotas no passado devem compensar esses aumentos produzindo menos nos próximos meses.

Mas "a mensagem é forte", acredita o analista, e corre o risco de fazer com que os preços do petróleo caiam abaixo de US$ 60.

O preço do petróleo Brent, referência global, estava pouco acima de US$ 65 o barril no fechamento do pregão de sexta-feira, longe das máximas de US$ 120 atingidas na primavera de 2022, após a invasão russa da Ucrânia.

Até agora, os preços do petróleo têm se mantido melhor do que os observadores previram quando as comportas foram reabertas pela primeira vez em abril, principalmente devido aos riscos geopolíticos.

Especialistas estão de olho na guerra na Ucrânia e na evolução das relações entre Washington e Moscou.

A riqueza petrolífera da Rússia se tornou um alvo principal de Donald Trump para pressionar o Kremlin a negociar.

E a decisão da OPEP+ levanta questões sobre a unidade do grupo, de acordo com Jorge Leon: "A Rússia depende de preços altos para financiar sua máquina de guerra" e pode ter dificuldades para se beneficiar de cotas mais altas devido à pressão americana e europeia sobre seu setor de petróleo.

Em agosto, o presidente dos EUA impôs tarifas adicionais sobre a importação de produtos indianos para os Estados Unidos para punir Nova Déli pela importação de ouro negro russo.

Em uma conversa com líderes aliados ucranianos reunidos em Paris, Donald Trump também disse que "a Europa deve parar de comprar petróleo russo", disse um alto funcionário da Casa Branca à AFP, referindo-se às importações da Hungria e da Eslováquia que continuam por meio de um oleoduto conectado à Rússia.

Ele também pediu aos europeus que "pressionem economicamente a China por seu apoio ao esforço de guerra russo", já que Pequim é o maior importador de petróleo russo.

20 Minutes

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