O INE só tem recursos para pagar menos de 50% dos trabalhadores que solicitaram rescisão antecipada.

A presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Guadalupe Taddei Zavala, reconheceu que não tem recursos suficientes para pagar os mais de 970 funcionários que solicitaram demissão antecipada do órgão eleitoral.
Em entrevista à imprensa, Taddei Zavala explicou que o INE só tem verba para rescindir o contrato de trabalho de 461 dos 970 trabalhadores que solicitaram a aposentadoria voluntária, ou seja, menos de 50% dos casos.
"970 pessoas se inscreveram, e o número será suficiente para 461... Todos sabemos que estamos em condições de solicitar uma aposentadoria voluntária de 10 anos, mas as expectativas eram muito altas para todos nos estados; muitos estão solicitando inscrições, assim como aqueles aqui nos escritórios centrais", explicou ele.
A presidente do INE não descartou a possibilidade de que esse alto número de inscrições se deva a uma possível reforma eleitoral. No entanto, alertou que o orçamento para esse programa de aposentadoria voluntária para trabalhadores com mais de 10 anos de serviço aumentou de 100 para 350 milhões de pesos.
"Todos os fatores influenciam a decisão pessoal de uma pessoa de parar de trabalhar no Instituto e optar pela aposentadoria voluntária", acrescentou.
Ele ainda lembrou que só em 2021, quase 400 trabalhadores solicitaram indenização antecipada; enquanto em 2022, o número cresceu para 500, ano em que também se discutia a reforma eleitoral, já que os Planos A, B, C e D do presidente Andrés Manuel López Obrador estavam em discussão na época.
Aviso sobre investigações vs. consultoresEm outro assunto, Guadalupe Taddei expressou preocupação com a possível imposição de sanções administrativas contra membros do Conselho Geral.
"Claro que é preocupante, é preocupante que esse tipo de situação aumente a partir de agora", disse Taddei Zavala, no contexto da decisão da Câmara Superior do Tribunal Eleitoral de se declarar incompetente para analisar a impugnação apresentada contra o procedimento de responsabilidade administrativa aberto pelo Órgão de Controle Interno (OIC) do INE contra vários ministérios que votaram pela suspensão da organização do referendo revogatório de 2021.
"Sempre haverá a preocupação de que, com base em suas interpretações e posições, todas feitas com alto grau de responsabilidade por cada um dos membros do Conselho, vocês sejam alvo de alguma investigação, e foi isso que este Conselho Geral fez: defender essa autonomia e independência", acrescentou.
Não há certeza de que propostas serão incluídas na Reforma EleitoralDepois que o Colégio de Executivos Eleitorais do México (CEEM) apresentou sua proposta de reforma eleitoral ao INE (Instituto Nacional Eleitoral), para submissão à Comissão Presidencial de Reforma Eleitoral e ao Poder Legislativo, a Conselheira Guadalupe Taddei reconheceu que não há garantias de que esses documentos serão incorporados à eventual reforma.
"Que garantia há de que não só apresentarão as propostas, como também serão ouvidas e tidas em conta pela Comissão Presidencial, e de que se trata de uma reforma que fortalece a democracia e não de algo que cabe aos órgãos responsáveis pela condução das eleições? Essa garantia não é dada pelo INE; é dada por aqueles que estarão no poder", afirmou.
Ele acrescentou que essa garantia será fornecida pela comissão e pelo comitê de reforma do Congresso.
Em sua proposta, o Colégio de Executivos Eleitorais do México (AC) defendeu que as eleições de 2033 fossem realizadas inteiramente com urnas eletrônicas. Buscou também reduzir gastos; eliminar prerrogativas locais para partidos nacionais; sistematizar completamente os sistemas de resultados preliminares; e implementar um modelo unificado de votação nacional.
Adicionalmente, para as eleições para o Judiciário, em termos de fiscalização, contas únicas e relatórios em tempo real das receitas e despesas de campanha, com rastreabilidade bancária e auditoria digital.
Eleconomista



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