As alterações no Sistema de Segurança são enviadas ao Executivo

O Congresso da União concluiu sua sessão extraordinária aprovando reformas nas áreas de desaparecimentos, Guarda Nacional, Sistema de Segurança, telecomunicações, novas funções para o INEGI (Instituto Nacional de Estatística e Censos) com a eliminação do CONEVAL (Conselho Nacional Eleitoral), lavagem de dinheiro e a criação da Comissão Nacional Antimonopólio.
Ontem, o Senado aprovou a mais recente reforma do mandato com 88 votos do Morena, PVEM, PT e MC (a bancada do PRI foi a única a votar contra). O decreto que institui a Lei Geral do Sistema Nacional de Segurança Pública foi aprovado. A nova Lei do Sistema Nacional de Investigação e Inteligência foi aprovada por 67 votos do Morena, PVEM e PT, contra 29 do PAN e PRI, com três abstenções do MC.
Ambos os decretos, que regulamentam o conteúdo do artigo 21 da Constituição, que estabelece que a apuração de crimes compete ao Ministério Público, à Secretaria de Segurança Pública do Poder Executivo Federal, à Guarda Nacional e às polícias, no âmbito de sua jurisdição, que atuarão sob a direção e comando do Ministério Público no exercício dessa função, foram remetidos ao Executivo federal para promulgação e execução.
"O México precisa de inteligência porque um país sem inteligência é um país cego, vulnerável e reativo", afirma a exposição de motivos da Lei do Sistema Nacional de Inteligência e Pesquisa.
A criação e operação do Sistema Nacional de Pesquisa e Inteligência em Segurança Pública, que será coordenado pela Secretaria de Segurança e Proteção ao Cidadão (SSPC), permitirá o fornecimento de informações geradas por sistemas de inteligência de diversas instituições de segurança governamentais e privadas.
"No contexto específico da cooperação entre o México e os Estados Unidos, o fortalecimento de um Sistema Nacional de Inteligência representa uma ferramenta estratégica indispensável. Este sistema permite a troca oportuna de informações táticas e estratégicas, especialmente em operações contra fenômenos transnacionais como o tráfico de armas, drogas, pessoas e dinheiro, que afetam gravemente ambos os países", afirmou.
Espionagem
Do pódio, Francisco Ramírez (PAN) explicou que o voto de seu partido seria contra o projeto de lei "não porque somos contra a inteligência; somos contra a espionagem governamental, contra a espionagem disfarçada de política pública, contra um modelo que concentra poder sem freios e contrapesos, que permite acesso desproporcional a dados pessoais, sensíveis, fiscais, biométricos e patrimoniais, e geolocalização em tempo real sem regras claras e sem supervisão judicial, que era obrigatória desde o início".
Pelo PRI, Anabell Ávalos afirmou, a respeito da Lei do Sistema Nacional de Inteligência e Investigação, que "estamos preocupados que ela esteja dando respaldo legal a um sistema de espionagem que, sem dúvida, afetará a privacidade das pessoas".
Mudanças aprovadas
Durante sete sessões do período extraordinário do Congresso Federal, a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram reformas na Lei Geral do Sistema Nacional de Segurança Pública; na Lei do Sistema Nacional de Investigação e Inteligência em Segurança Pública; na transferência das funções do Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento Social (CONEVAL) para o INEGI (Instituto Nacional de Estatística e Geografia); em mudanças na Guarda Nacional; em mudanças no serviço ferroviário e nos procedimentos burocráticos; e na nova Lei de Telecomunicações.
Em San Lázaro, também foram aprovadas emendas à Lei da Previdência Social para regulamentar os saques parciais do seguro-desemprego nas contas das Administradoras de Fundos de Aposentadoria (AFORES).
Eleconomista