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Trump diz que Kyiv pode reconquistar 'toda a Ucrânia' em grande mudança

Trump diz que Kyiv pode reconquistar 'toda a Ucrânia' em grande mudança

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que a Ucrânia poderia recuperar todo o seu território da Rússia — e até ir além — em uma grande mudança após se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky.

A reviravolta surpreendente ocorreu logo depois de Trump também ter pedido aos países da OTAN que abatessem quaisquer jatos russos que violassem seu espaço aéreo.

"Acredito que a Ucrânia, com o apoio da União Europeia, está em posição de lutar e CONQUISTAR toda a Ucrânia de volta à sua forma original", disse Trump em sua rede social Truth após suas conversas com Zelensky.

Trump também disse que a Rússia estava "lutando sem rumo" após três anos de guerra, em uma aparente mudança de ideia pouco mais de um mês depois de se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin no Alasca.

O presidente dos EUA já havia demonstrado apoio morno a Zelensky, com quem teve uma grande discussão televisionada no Salão Oval em fevereiro, durante a qual disse ao ucraniano "você não tem as cartas" para vencer.

Mas em sua publicação nas redes sociais na terça-feira, Trump descartou a Rússia como um "tigre de papel", dizendo que "Putin e a Rússia estão com GRANDES problemas econômicos, e este é o momento para a Ucrânia agir".

"Com tempo, paciência e o apoio financeiro da Europa e, em particular, da OTAN, as Fronteiras originais, de onde esta Guerra começou, são uma opção. Por que não?", escreveu Trump.

Ele acrescentou que, à medida que a economia da Rússia piora, "a Ucrânia poderá retomar seu país em sua forma original e, quem sabe, talvez até ir mais longe do que isso!"

Armadilha de escalada

Durante seu encontro com Zelensky à margem da Assembleia Geral da ONU, Trump disse ter "grande respeito pela luta que a Ucrânia está travando. É realmente incrível".

Zelensky agradeceu a Trump por seus "esforços pessoais para impedir esta guerra" e repetiu o apelo de Trump para que os países europeus parem de comprar petróleo russo.

E depois de uma série de incursões recentes de caças e drones russos que abalaram os aliados de Washington na OTAN na Europa, Trump disse que eles estariam no direito de agir.

"Sim, concordo", disse Trump quando um repórter perguntou se os países da OTAN deveriam abater aeronaves russas se elas entrassem em seu espaço aéreo.

No entanto, Trump desviou perguntas sobre se ele acreditava que o líder russo Vladimir Putin ainda era um parceiro de negociação confiável, apesar dos ataques contínuos de Moscou à Ucrânia.

"Eu te aviso daqui a um mês, ok?", disse Trump quando perguntado se ainda confiava em Putin.

O republicano de 79 anos já recebeu, e repetidamente, prazos de duas semanas para decidir se tomará medidas, incluindo novas sanções contra a Rússia.

As tensões entre a Rússia e a Europa sobre a Ucrânia aumentaram com a recente onda de violações aéreas.

A OTAN enviou jatos depois que três caças russos MiG-31 violaram o espaço aéreo estoniano por cerca de 12 minutos na sexta-feira, levando a Estônia a convocar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e negociações com aliados da OTAN.

A Polônia, membro da OTAN, disse no início deste mês que drones russos violaram repetidamente seu espaço aéreo durante um ataque à Ucrânia, no que Varsóvia chamou de "ato de agressão".

A Alemanha reagiu com cautela aos comentários de Trump sobre abater aviões russos, destacando a necessidade de evitar uma "armadilha de escalada".

"Razoabilidade não é covardia nem medo, mas uma responsabilidade para com seu próprio país e para com a paz na Europa", disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, na terça-feira.

A chefe da UE, Ursula von der Leyen, disse na terça-feira que discutiu as violações do espaço aéreo da Rússia com Trump na ONU e concordou com a necessidade de cortar as receitas de energia de Moscou.

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