O governo propõe que três quartos das taxas pagas pelos bancos ao IPAB sejam não dedutíveis.

Conforme anunciado na sexta-feira pela presidente Claudia Sheinbaum , o Pacote Econômico de 2026 apresentado na noite de segunda-feira propõe que as taxas pagas pelos bancos ao Instituto de Proteção à Poupança Bancária (IPAB) não sejam dedutíveis para fins de Imposto de Renda (ISR).
"Propõe-se que três quartos das taxas pagas ao IPAB pelas instituições bancárias comerciais sejam não dedutíveis", afirmam os Critérios Gerais de Política Econômica de 2026, na seção Política de Receita Orçamentária.
O documento destaca que, para evitar abusos que diminuam a base tributária a pagar por pessoas físicas e jurídicas e gerem práticas de elisão fiscal, são propostas medidas para atualizar alguns mecanismos de dedução fiscal implementados por alguns bancos.
“Entre as medidas (fiscais), fica estabelecido que três quartos dos valores pagos ao IPAB pelas instituições bancárias comerciais não serão dedutíveis ”, afirmou o secretário da Fazenda, Édgar Amador, durante a apresentação do documento à Assembleia Legislativa.
Medida justa: Monreal
Ricardo Monreal, presidente da Junta de Coordenação Política, enfatizou que esta proposta parece justa.
"Por que não fizeram isso antes? Desde que o IPAB foi criado, por que só hoje foi revelado que os bancos estavam deduzindo os pagamentos do IPAB do resgate que todos os mexicanos continuam pagando?", questionou.
Ele acrescentou: "Não sei quanto é, vou ler este documento com atenção e vamos agir de forma coerente."
Espera-se recuperar 10 mil milhões de pesos
Na sexta-feira passada, a presidente Claudia Sheinbaum anunciou em sua coletiva de imprensa matinal que essa proposta seria incluída no Pacote Econômico 2026 apresentado nesta segunda-feira.
Lá, ele lembrou que a dívida do resgate bancário, que era privada, passou a ser pública, e revelou que as taxas pagas pelos bancos ao IPAB são dedutíveis do imposto de renda, mas mencionou que a partir do ano que vem isso não será mais possível.
Nesse sentido, ele comentou que o que poderia ser recuperado com esse conceito é algo em torno de 10 bilhões de pesos.
A presidente afirmou que esse é um assunto que já foi discutido com alguns representantes de bancos e se mostrou confiante de que haverá cooperação do setor.
"É algo que até discuti com alguns donos de bancos na época, mas acho justo que essa dedução não exista. Já está previsto na Lei da Receita. Acho que todos os bancos vão cooperar e concordar", afirmou o presidente na sexta-feira.
Eleconomista