iPhone 17 mais fino é esperado em evento da Apple na terça-feira

A apresentação da nova linha do iPhone está prevista para terça-feira no Vale do Silício, em um momento em que a guerra comercial sino-americana está elevando os custos de produção da Apple, que está sob pressão para se atualizar em inteligência artificial (IA). Como de costume, a fabricante californiana permaneceu em silêncio sobre o conteúdo do evento realizado em sua sede em Cupertino, onde revela sua nova geração de smartphones (iPhone 17), o motor de sua receita.

Apesar da posição dominante dos iPhones no segmento de ponta, a Apple ainda precisa provar que consegue acompanhar o ritmo na corrida pela IA generativa. "A Apple é vista como uma recém-chegada ao jogo da IA, o que representa um grande desafio" para a gigante da tecnologia, observam analistas da Canalys.

Smartphones concorrentes, equipados com o sistema operacional Android, do Google, "melhoraram significativamente a integração de IA", enquanto "o lançamento mais lento da Apple" fez com que os consumidores adiassem a compra de um novo iPhone, continua a nota. Há menos de um ano, a Apple lançou seus recursos de IA, "Apple Intelligence", que decepcionaram os usuários, principalmente com as melhorias na assistente de voz Siri, que foram consideradas mínimas demais.

De acordo com alguns relatos da mídia, a empresa planeja integrar IA à busca online em 2026, juntamente com uma reformulação da Siri , mas essas alegações não foram confirmadas. A Apple também estaria trabalhando em uma parceria com o Google para aprimorar sua expertise em busca e IA, de acordo com outras reportagens da imprensa.

"Eu ficaria surpreso se houvesse um grande anúncio sobre a estratégia de IA da Apple", alerta Thomas Husson, analista da Forrester. "Temo que a abordagem de inovação incremental da Apple com o iPhone 17 esteja começando a atingir seus limites — especialmente para aqueles ávidos por mais inovação", disse ele em nota.

A principal atração da terça-feira deve ser os novos modelos de iPhone (iPhone 17, Pro e Pro Max), especialmente uma variante ultrafina chamada "Air". A maioria dos observadores vê isso como uma mudança estratégica: a Apple está se concentrando na espessura em vez do tamanho da tela para manter sua posição no mercado de ponta. Um iPhone ultrafino também pode abrir caminho para uma versão dobrável nos próximos anos. No entanto, isso enfrentaria dois desafios: custos de produção adicionais para o desempenho técnico e capacidade reduzida da bateria.

Além dos novos smartphones, a Apple supostamente planeja revelar o Apple Watch Series 11 e uma nova versão dos seus fones de ouvido AirPods. Rumores sugerem que eles podem oferecer tradução em tempo real, semelhante aos Pixel Buds do concorrente Google.

Espera-se que os preços dos novos iPhones aumentem nos Estados Unidos devido às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que estão elevando os custos de produção na China. O impacto financeiro dessa guerra comercial já é considerável: o CEO Tim Cook revelou que as tarifas custaram à Apple US$ 800 milhões no último trimestre, com um déficit de receita estimado em US$ 1,1 bilhão para o trimestre atual.