Impostos locais: estes municípios que jogam a carta da transparência

Diante da insatisfação com os impostos, alguns municípios reagiram. Estão colando cartazes nos muros da cidade para mostrar aos moradores exatamente como seu dinheiro está sendo gasto.
Este texto é um trecho da transcrição da reportagem acima. Clique no vídeo para assisti-lo na íntegra.
Para que servem os nossos impostos? Na região de Aisne, a área metropolitana de Château-Thierry decidiu ser transparente e está exibindo os preços dos seus serviços públicos em letras grandes. Por exemplo, se o usuário pagar 1,50 euros por uma hora de viagem, a prefeitura pagará 11,79 euros. Isso serve de alerta para alguns passageiros. "Eu não sabia que era tão caro. Acho que 1,50 euros por uma passagem está bom. Eu não sabia o preço real. É caro comparado ao que pagamos", comentam. Por trás dos 11,79 euros estão os custos relacionados a transporte, salários de motoristas, manutenção de equipamentos e até mesmo diesel.
E a mensagem parece estar dando resultado. "No início do ano, tínhamos uma taxa de fraude de 8,5% em toda a rede. E desde o lançamento da campanha, estamos em torno de 7%. Acho que isso contribui para isso, além das verificações que realizamos diariamente", afirma Romain Lautier, diretor da Keolis em Château-Thierry.
E um pai sabe quanto custa uma hora de creche? Ele paga 1,50 euros, contra 13,53 euros pagos pela comunidade. "Graças ao serviço público, então. Honestamente, vemos o custo real, isso nos tranquiliza, digamos, em parte dos nossos impostos", confessa.
Conscientização que vem por meio da educação, especialmente quando os preços dos serviços públicos aumentam. "Quando é o serviço público que aumenta suas tarifas, especialmente para acompanhar a inflação, muitas vezes há uma grande indignação, o que é bastante injusto, porque também prestamos serviços. O desejo é, obviamente, explicar por que às vezes há aumentos de tarifas, por que os impostos são úteis", explica Sébastien Eugène, prefeito (SE) e presidente da comunidade urbana de Château-Thierry.
Os impostos também financiam atividades como a escola de música. Com o custo real, uma aposentada não conseguiria assistir às aulas. "Não somos aposentados pequenos, mas acaba sendo difícil administrar tudo ao mesmo tempo", diz ela. Outras cidades como Cholet (Maine-et-Loire) e Saint-Quentin (Aisne) também estão considerando se inspirar nesta campanha de comunicação.
Francetvinfo