Fogos de artifício cancelados em Charente-Maritime: técnicos de fogos de artifício e municípios em dificuldades

Devido à seca, muitos espetáculos de fogos de artifício não foram realizados por volta de 14 de julho. Entre cancelamentos e adiamentos, prefeituras e técnicos de fogos de artifício tiveram que se adaptar.

Relativamente poucas cidades e vilas em Charente-Maritime puderam realizar seus espetáculos pirotécnicos em 14 de julho. Isso se deveu à seca, que levou a prefeitura do departamento a regulamentar o uso de fogos de artifício e forçar todos os municípios a cancelar seus espetáculos pirotécnicos, exceto aqueles lançados do mar ou da orla. Embora La Rochelle e Royan tenham conseguido realizar suas festividades conforme planejado, o mesmo não ocorreu em Saintes, Rochefort, Surgères ou Tonnay-Charente.

"Das trinta exibições de fogos de artifício que deveríamos ter realizado, só conseguimos realizar duas: em Châtelaillon-Plage e Angoulins", explica Victor Maurin, gerente da empresa Maurin Artifice, sediada em Charente. A maioria foi adiada, o que certamente é um mal menor para sua empresa, mas não é uma solução milagrosa.

"Para os municípios, não cobramos depósito e somos pagos após a prestação do serviço. Portanto, se os fogos de artifício forem adiados, nossos pagamentos também serão. E alguns municípios os adiam para o ano seguinte, o que representa uma perda de receita para este ano. Sem mencionar os casamentos, por exemplo, onde o adiamento é impossível e para os quais simplesmente cobramos uma taxa fixa de 200 a 400 euros para compensar os custos incorridos. É muito difícil administrar com o nosso orçamento", acrescenta.

Assim, a grande maioria dos espetáculos pirotécnicos municipais que foram cancelados devido à seca serão adiados. É o caso, por exemplo, de Rochefort (6 de setembro), Saintes (data a ser definida em setembro para o centenário do jardim público), Tonnay-Charente, Aigrefeuille, Saint-Agnant, Soubise, Matha, Saint-Pierre-la-Noue, Portes-en-Ré e Bois-Plage (lista não exaustiva).

Outros ainda preferiram alternativas para o grande dia. É o caso de Puilboreau, que trocou um espetáculo de fogo por um espetáculo de luzes. Ou Périgny, que havia planejado uma apresentação com faíscas, substituída por um espetáculo de luzes. Sem mencionar Aytré, que aposta em um espetáculo musical há três anos .