Bolívia prefere internet lenta à conexão fornecida por Musk

A empresa Starlink, de Elon Musk, está cada vez mais presente na América do Sul, onde sua rede de satélites leva internet aos locais mais remotos. Mas as autoridades de La Paz estão recusando seus serviços. A desconfiança está incomodando a população boliviana, exasperada por uma das conexões "mais lentas" do continente. Análise do "New York Times".
As páginas carregam lentamente, os vídeos travam e travam. Na Bolívia, fora das grandes cidades, às vezes é preciso dirigir por horas em estradas perigosas para chegar à conexão de internet mais próxima.
Então, quando o serviço de internet Starlink de Elon Musk ofereceu à Bolívia uma conexão rápida e acessível a partir de seus satélites, muitos pensaram que a notícia seria recebida com entusiasmo pelo estado andino de 12 milhões de habitantes. Mas este último disse: "Não, obrigado".
De propriedade da SpaceX, a empresa aeroespacial privada do bilionário americano, a Starlink fez progressos notáveis na América do Sul. A rede de satélites foi implantada em quase todos os países do continente, levando internet aos locais mais remotos, até mesmo nas profundezas da floresta amazônica, onde vivem populações isoladas.
Mas, no ano passado, a Bolívia interrompeu o desenvolvimento da Starlink, recusando-se a emitir uma licença de operação: especialistas e autoridades governamentais citaram preocupações sobre o domínio excessivo da empresa onde quer que ela se estabeleça. O país preferiu o antigo satélite chinês que utiliza atualmente.
Essa decisão surpreendeu e irritou os bolivianos.
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