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Solicitações das empresas da Zona Franca de Palmaseca para a próxima mesa redonda com o governo: foi o que o Ministério do Comércio acertou.

Solicitações das empresas da Zona Franca de Palmaseca para a próxima mesa redonda com o governo: foi o que o Ministério do Comércio acertou.
O anúncio do Ministério do Comércio, Indústria e Turismo sobre a extensão do atual contrato de exploração da Zona Franca de Palmaseca, em Palmira, enquanto o novo contrato é adjudicado através de um processo de licitação pública, trouxe alguma tranquilidade aos sindicatos e autoridades deste município da região do Vale do Cauca e de todo o departamento.
"Em reunião liderada pela ministra do Comércio, Indústria e Turismo, Diana Marcela Morales, e pelo prefeito de Palmira, Víctor Manuel Ramos Vergara, com a participação de representantes de todos os atores relacionados à Zona Franca de Palmaseca (em 9 de julho), a ministra anunciou que o atual contrato de administração será prorrogado de 1º de agosto a 30 de setembro", informou o ministério.

Este é o sentimento dos líderes empresariais do Comitê Intersindical e Empresarial do Vale do Cauca. Foto: Ciev

Embora se espere uma luz no fim do túnel, e por enquanto, tenha sido dado um prazo adicional para dar continuidade a esta operação, como está sendo conduzida pelo atual administrador, os sindicatos do Valle e os empresários desta zona franca aguardam ansiosamente a mesa de diálogo que vêm reivindicando com o Governo para analisar as condições que permitirão remover o obstáculo à apresentação de propostas para um novo processo de licitação. Esta será realizada na próxima semana, conforme também anunciou o Ministro Morales.
Nenhum dos 120 operadores de zonas francas do país apresentou propostas, de acordo com o Comitê Intersindical e Empresarial do Vale do Cauca (Ciev).
Esta extensão do atual contrato de gestão significa que a atual operadora permanece no cargo enquanto o governo avança com outra licitação até o final de setembro, quando expira o novo prazo estipulado.
Este processo seletivo para contratação pública já foi tentado seis vezes , todas sem sucesso porque nenhum licitante aceitou as condições de arrendamento da Zona Franca de Palmaseca, conforme estabelecido pelo Ministério do Comércio. A zona franca indicou que as condições são financeiramente inviáveis.
A última tentativa, declarada nula, ocorreu em 8 de julho, prazo final para a apresentação de propostas para a licitação, edital aberto desde 12 de junho. Nessa data, a Zona Franca de Palmaseca divulgou um comunicado, destacando os aumentos de aluguel que impossibilitam a continuidade das operações de seus usuários. Isso, como afirmaram, representa um golpe mortal para este setor da economia do Vale do Cauca e impactará o restante do país.
O que é uma zona de livre comércio e como funciona a Palmaseca?
Zonas francas, como Palmaseca, são zonas industriais e comerciais de bens e serviços, destinadas a promover e desenvolver o processo de industrialização, a prestação de serviços principalmente para mercados estrangeiros e a comercialização.
"É uma zona franca permanente, administrada e gerida por uma empresa privada em operação desde 1º de julho de 1994 (celebrará seu 31º aniversário), conhecida como operadora usuária, que se especializou no desenvolvimento de infraestrutura, promoção, cumprimento e aplicação do regime de livre comércio, contribuindo para o crescimento não só da região, mas também do país", descreve a Zona Franca de Palmaseca, que conta com mais de 50 empresas entre as zonas francas permanentes (pois também existem as temporárias) e as zonas francas permanentes especiais na mesma região.
Em uma zona franca existem usuários operadores (pessoas jurídicas nacionais ou estrangeiras legalmente estabelecidas na Colômbia, que podem construir infraestrutura e edificações na zona franca, realizando controles de entrada e saída de mercadorias e zelando pela aplicação do regime de livre comércio), usuários desenvolvedores (que também constroem infraestrutura), usuários industriais de bens (os fabricam, produzem, transformam ou montam para venda em mercados externos prioritários), usuários industriais de serviços (suas atividades estão orientadas a serviços para mercados externos com enfoque científico e tecnológico) e usuários comerciais (serviços de armazenagem, conservação, manuseio, distribuição, embalagem, reembalagem, classificação e limpeza de bens, que podem ser destinados a mercados externos ou ao mercado nacional).
Solicitações de usuários da Zona Franca (empresários)
Nesse histórico de preocupações com o futuro dos mais de 7 mil empregos diretos e indiretos gerados pela Zona Franca de Palmaseca, empresários têm argumentado que as condições atuais do Ministério são um arrendamento do contrato de operação, com reajustes de 700% e reajustes anuais do IPC+3.
Para eles e os sindicatos do Vale, se esse fosse o caso, o valor dobraria, resultando em um acordo nos próximos anos, porque o aluguel seria o dobro e não poderia ser coberto ao longo da década.
Os empresários e potenciais licitantes da Zona Franca de Palmaseca, que se opuseram à possibilidade de operá-la, solicitam ao governo a renegociação do contrato de operação, agora que o prazo final é 30 de setembro, levando em consideração as condições atuais do município de Palmira devido às transformações econômicas por que passou. Eles citaram os contratos renegociados das zonas francas de Barranquilla e Cartagena como exemplos.
Prefeito de Palmira espera conciliação; ele valoriza espaço com ministro
O prefeito de Palmira, Víctor Ramos, disse após a reunião com o ministro Morales em 9 de julho que a extensão da operação traz uma medida de tranquilidade.
O presidente indicou que na próxima semana será realizado um "grupo de trabalho conjunto" com usuários da Zona Franca, representantes do governo do Valle, da prefeitura, sindicatos, empresários e operadores de todo o país.
"O ministro está determinado a criar esses espaços de reconciliação para o bem-estar e a competitividade do Valle del Cauca", disse o prefeito Ramos.

O que o Ministério do Comércio diz sobre a controvérsia da Zona Franca de Palmaseca. Foto: Ministério do Comércio

O que dizem no Ministério do Comércio?
O Ministério do Comércio, Indústria e Turismo anunciou a prorrogação do contrato de gestão da Zona Franca de Palmaseca. O ministério acredita que essa prorrogação "garante a operação da zona franca enquanto um novo processo licitatório for realizado".
Ele reiterou que na próxima semana haverá "um espaço para diálogo interinstitucional para ouvir as preocupações de todas as partes interessadas".
"Esta decisão garante a normalidade das operações (como a operadora licenciada vinha fazendo até 30 de setembro), enquanto um novo processo seletivo é realizado para selecionar o arrendatário da zona franca. Nesse sentido, o ministro garantiu a continuidade da operação da Zona Franca de Palmaseca, destacando o interesse do governo em promover a indústria nacional e fortalecer o aparato produtivo", informou o Ministério do Comércio.
Durante a reunião, o ministro reiterou que "as condições dos processos licitatórios respondem à aplicação estrita das recomendações e observações emitidas pela Controladoria Geral da República, pelo Conselho de Estado e pelo estudo técnico especializado realizado pela Central de Inversiones SA (Cisa)".

Zona Franca de Palmaseca no Vale. Foto: Zona Franca de Palmaseca no Vale.

Sobre a taxa de aluguel...
“Uma dessas condições está relacionada ao valor do arrendamento, que foi determinado com base em critérios técnicos e jurídicos que visam garantir transparência e sustentabilidade no processo”, explicou o Ministério.
Sobre a reunião da próxima semana: "Esta reunião nos permitirá ouvir diretamente suas preocupações e propostas, como parte do compromisso do Ministério de manter e fortalecer um canal de comunicação aberto, respeitoso e contínuo com as entidades interessadas", de acordo com o compromisso do Ministério.
"É importante destacar que, desde o início, o Ministério manteve uma comunicação contínua e aberta com as diversas partes interessadas, reafirmando sua disposição de dialogar de forma construtiva e buscar soluções em conjunto", afirmou o Ministério do Governo Nacional.
No entanto, o Ministério esclareceu sobre esta mesa de diálogo: “É importante ressaltar que este espaço não faz parte do procedimento pré-contratual nem implica a elaboração conjunta das condições do processo licitatório, cujas competências e decisões cabem exclusivamente ao Ministério do Comércio, Indústria e Turismo, de acordo com o quadro legal vigente.
'Mantenha a Zona Franca aberta e crie 7.000 empregos': Governador do Vale do Cauca
A governadora do Vale do Cauca, Dilian Francisca Toro, disse: "Estou conversando com o Ministro do Comércio há cerca de duas semanas e com o prefeito de Palmira. Estamos monitorando de perto essa questão, especialmente porque 7.000 empregos seriam perdidos na zona de livre comércio."
O presidente acrescentou: "O que eu discuti com o ministro é que eles vão continuar a gerir toda a questão da zona de livre comércio, que ela não vai ser fechada, e que é muito importante dizer que nem os empregos vão ser fechados."
O governador acrescentou que os esforços que estão sendo empreendidos visam "garantir que a Zona Franca de Palmaseca permaneça aberta e que os empregos sejam mantidos".
Seis tentativas de licitação desde 2024
O Ministério do Comércio, Indústria e Turismo também informou que "tomou as medidas necessárias para selecionar o inquilino da Zona Franca de Palmaseca, publicando seis processos seletivos com início em 2024, incluindo o que foi declarado nulo ontem (8 de julho), e criou espaços de diálogo com sindicatos e demais partes interessadas com o objetivo de garantir o funcionamento da zona franca".
Ele também relatou: "Da mesma forma, das muitas observações recebidas sobre o desenvolvimento dos processos dentro dos princípios de responsabilidade, planejamento e seleção objetiva, foram aceitas aquelas observações que garantem o cumprimento dos critérios de economicidade e eficiência administrativa."
"Tendo em conta as observações feitas ao Ministério pelos órgãos de supervisão e pelo Conselho de Estado, a estruturação dos últimos processos seletivos, relativos às taxas de aluguer, tem sido baseada na ideia de que estas devem estar alinhadas com margens de mercado adequadas, uma vez que o objetivo é alcançar o equilíbrio e a estabilidade na equação das receitas e despesas anuais, e não gerar um lucro específico por si só", afirmou o ministério.
“Vale destacar que, no desenvolvimento desses processos, foi solicitado o apoio preventivo dos órgãos de fiscalização para garantir a legalidade do processo, tendo sido também realizados convites a todos os operadores usuários certificados no país para garantir a pluralidade de licitantes”, afirmou o Ministério.
Correspondente do EL TIEMPO
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