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Industriais pedem redução gradual da jornada de trabalho

Industriais pedem redução gradual da jornada de trabalho

O Conselho de Câmaras Industriais de Jalisco ( CCIJ ) solicitou que a proposta de redução da jornada de trabalho seja implementada de forma gradual e diferenciada, de acordo com o tipo de empresa, o setor produtivo e as condições regionais.

Antonio Lancaster Jones, coordenador do CCIJ, alertou que a implementação imediata da reforma teria um forte impacto na produtividade, especialmente nas micro e pequenas empresas, que já estão com dificuldades para preencher sua força de trabalho.

"O que estamos pedindo é uma abordagem gradual, implementada de agora até 2030; ou seja, uma redução de duas horas na jornada de trabalho a cada dois ou três anos", explicou o líder.

A proposta busca garantir que a redução da jornada de trabalho não seja uniforme, mas leve em consideração as diferenças entre os setores industrial, comercial e de serviços, que enfrentam dinâmicas e necessidades distintas.

Desde a semana passada, grupos de trabalho vêm realizando discussões entre o governo, câmaras empresariais e sindicatos para chegar a um acordo sobre como implementar essa reforma.

“Se a lei fosse implementada como está, as consequências seriam milhões de dólares em perda de receita e queda na produtividade, porque muitas empresas não têm capacidade de cumprir seus compromissos atuais de produção e entrega”, disse Lancaster Jones.

Ele também observou que o setor industrial enfrenta desafios significativos na contratação de pessoal, portanto, uma redução abrupta na jornada de trabalho agravaria essa situação, exigindo mais funcionários para cobrir os turnos .

Como alternativa, a CCIJ está analisando modelos de outros países latino-americanos onde a jornada de trabalho foi reduzida com bons resultados. "Estamos analisando o exemplo do Chile e da Colômbia, onde a medida foi implementada ao longo de cinco anos e foi uma transição bem-sucedida. Não pode ser imediata, como alguns sindicatos propuseram", acrescentou.

Sobre a chamada "Lei da Cadeira", que busca garantir que os trabalhadores possam sentar-se durante o turno quando não estiverem trabalhando ativamente, Lancaster Jones explicou que, no caso do setor manufatureiro, colocar cadeiras nas linhas de produção não é viável por questões de segurança.

No entanto, ela esclareceu que as empresas associadas já promovem áreas de descanso adequadas. "Estamos trabalhando desde a pandemia para criar áreas tranquilas e confortáveis ​​para os períodos de descanso. Acreditamos que é positivo continuar avançando em direção a condições de trabalho decentes", concluiu.

Eles promovem a terceirização de serviços

A terceirização se consolidou como uma estratégia fundamental para as empresas reduzirem custos e manterem sua competitividade em um ambiente econômico e político cada vez mais complexo.

Luis Soto, gerente de desenvolvimento de negócios da Kelly México, observou que a terceirização abrange áreas como finanças, call centers, logística, recursos humanos e assuntos jurídicos, entre outras.

"Nos últimos anos, crescemos quase 500% no número de empresas que solicitam terceirização de processos", comentou.

Entre os principais benefícios que as empresas obtêm com a terceirização de determinados processos estão a redução de 20% a 30% nos custos operacionais, a redução das despesas fixas relacionadas à produção e administração e a possibilidade de trabalhar com fornecedores especializados. A terceirização também permite a pesquisa e o desenvolvimento de novos modelos de negócios e tecnologias, além de melhorar a capacidade de resposta às mudanças regulatórias e de mercado.

Um exemplo claro é o caso de uma empresa do setor automotivo que enfrentava desafios operacionais. A Kelly México implementou uma solução personalizada em menos de dois meses, incluindo treinamento e suporte para a equipe de vendas, além de gestão eficiente de despesas e viagens por meio de talentos especializados.

Os resultados foram notáveis: a empresa obteve uma economia de aproximadamente 40% nos custos operacionais, um aumento de 16% nas vendas e melhorou significativamente seus indicadores de eficiência e satisfação do cliente. Além disso, corrigiu completamente a lacuna de receita e cumpriu integralmente o orçamento.

Este caso demonstra que a terceirização é uma ferramenta eficaz para enfrentar desafios decorrentes de políticas tarifárias e tensões comerciais.

“As empresas automotivas que adotam uma abordagem proativa, usando a terceirização para otimizar as operações, não apenas sobrevivem, mas prosperam em ambientes desafiadores”, explicou Luis Soto.

No curto prazo, muitas empresas conseguiram reduzir custos e focar melhor suas estratégias. No médio e longo prazo, fortaleceram sua resiliência à volatilidade do mercado.

TC

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