Google atingido: advogado da UE apoia a maior multa já imposta pela Comissão Europeia


A Alphabet e a Google receberam uma péssima notícia: a Advogada-Geral da União Europeia (UE) está inclinada a rejeitar o recurso contra a multa imposta pela Comissão em 2018, a mais alta da história até agora. Na opinião da jurista Juliane Kokott, a gigante da tecnologia "abusou de sua posição dominante ao impor restrições anticompetitivas a fabricantes e operadoras de telefonia móvel". Embora a opinião da advogada não determine o resultado da decisão que o Tribunal de Justiça da UE proferirá em alguns meses, na maioria dos casos os juízes tendem a concordar.
Em julho de 2018, Bruxelas multou o Google em € 4,34 bilhões por abuso de posição dominante ao implementar o Google Search e o Google Chrome quando os fabricantes de celulares utilizavam o sistema operacional Android. O primeiro recurso da empresa americana ao Tribunal Geral foi infrutífero . A decisão manteve quase toda a decisão da Comissão Europeia, exceto uma parte que levou a uma pequena redução na multa: para € 4,125 bilhões. É essa decisão que Kokott pede que seja ratificada.
Durante o litígio, os advogados da Comissão enfatizaram que o Google seguiu uma estratégia de "recompensa e punição" que restringia a concorrência . De acordo com esse relato, a empresa americana exigia que os fabricantes de celulares instalassem aplicativos como o navegador Chrome e o mecanismo de busca Google como padrão se quisessem obter uma licença para operar a loja de aplicativos Play Store. Eles também argumentaram que é anticompetitivo que a gigante da tecnologia exija que os fabricantes não utilizem variantes não autorizadas de seu sistema operacional Android.
O conteúdo deste processo lembra muito o que ocorreu neste verão nos Estados Unidos, no qual um juiz de Washington acabou condenando a subsidiária da Alphabet por comportamento monopolista e, embora ainda não tenha imposto a punição, o procurador-geral já pediu à empresa que venda parte de seus negócios .
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Ele é correspondente em Bruxelas. Passou a maior parte da carreira na seção de Economia do EL PAÍS, onde foi responsável pela cobertura do mercado de trabalho espanhol, do sistema previdenciário e do diálogo social entre 2008 e 2021. É formado em História pela Universidade de Valência e concluiu o Mestrado em Jornalismo da UAM/EL PAÍS em 2006.


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